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Entrevista | ‘Por que não?’, indaga João Amin sobre possível candidatura de Esperidião Amin

Por: Marcos Schettini
21/04/2022 14:52
Rodolfo Espínola/Agência AL

“É preparado, inclusive acredito que é o mais preparado. O senador tem o anseio de contribuir com Santa Catarina e é fácil constatar isso”, afirmou João Amin sobre o senador Esperidião Amin, que governou os catarinenses por dois mandatos.

Em entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini, o deputado estadual motiva a candidatura de seu pai ao Governo do Estado, defendendo sua vasta atuação e experiência política como um ganho aos catarinenses.

Com uma atuação interessante na Assembleia Legislativa, em alguns momentos um crítico ferrenho de Carlos Moisés, o filho da deputada Angela Amin analisa ainda que o Progressistas deveria ter tido uma relação mais independente com o governador. Confira:


Marcos Schettini: O partido vem regredindo na representação política na Câmara e na Alesc. Por quê?

João Amin: Acredito que a perda de espaço tenha acontecido por motivos variados, mas principalmente pelo partido ter ficado tanto tempo fora da máquina governamental. É uma tarefa árdua fazer política baseado em ideias e posições, sem oferecer as benesses que o poder proporciona.


Schettini: A eleição de 2018 foi um tropeço ou um novo modo de eleição, com pessoas sem história?

João Amin: Sem dúvida foi uma eleição sui generis, com peculiaridades. Mas não me surpreenderia se nomes com pouca ou nenhuma história política se elejam novamente. A sociedade tem manifestado uma ânsia por novidades, porém muitas são decepcionantes. É preciso que tenhamos pluralidade no ambiente político, mas isso precisa acontecer com responsabilidade.


Schettini: O governador Carlos Moisés é um desta safra. Ele melhorou ou piorou?

João Amin: Tenho elogios e críticas ao atual governo e isso é basilar. Governo algum merece só elogios, mas muitos merecem apenas críticas.

Schettini: O senador Esperidião Amin volta novamente às discussões para disputar o governo. Por que ele?

João Amin: Por que não? É preparado, inclusive acredito que é o mais preparado. O senador tem o anseio de contribuir com Santa Catarina e é fácil constatar isso. A atuação dele no Congresso Nacional, seja como deputado federal ou agora, como senador, é vasta e autêntica. Seria um ganho para os catarinenses poder contar com uma alternativa que já se mostrou eficiente também no comando do Executivo.


Schettini: Quando o Progressistas comanda a Casa Civil de Bolsonaro, não deveria estar coligado com o PL do senador Jorginho em outubro?

João Amin: Para qualquer tipo de parceria é necessária construção. E, nesse contexto, uma via de mão dupla é fundamental. Acredito que toda conversa que se inicia, quem senta na mesa tem que ter esse espírito. Eu posso lhe apoiar e você também pode me apoiar. As conversas que estão acontecendo, por parte do nosso partido, são nessa direção.


Schettini: Seu partido teve a liderança do governo e a Secretaria da Agricultura. O Progressista não é governo Moisés?

João Amin: Fui voto vencido quando da análise da entrada do Progressistas no governo. Na minha concepção deveríamos ter mantido uma postura mais independente. Foi isso que fiz. Votei inúmeras vezes com o governo - sempre que achei que as propostas fossem positivas para Santa Catarina - mas não me furtei de críticas quando acreditei necessárias. Hoje, percorrendo o Estado, o que mais ouço é que fui coerente.

Schettini: A corrupção já é uma imperatriz dentro do governo Bolsonaro com presença do centrão. Por que o Brasil vive sem futuro?

João Amin: A praga da corrupção não é um atributo deste ou daquele governo. É basicamente um traço do caráter, ou melhor, da falta dele. O que sempre se espera é que os governos ofereçam mecanismos reais de combate à corrupção. É impossível para qualquer chefe de Executivo, seja prefeito, governador ou presidente impedir totalmente que erros sejam cometidos. O que não se pode é ser omisso.


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